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Brasileiros representam nos X-Games em Foz do Iguaçu




Nos últimos anos os olhos do mundo estão voltados para o Brasil pelo fato de o país ser a sede da próxima Copa do mundo da FIFA de 2014 e das olimpíadas de 2016. Mas, para nossa alegria, também existe espaço para outros eventos esportivos por aqui, como os X-Games, que rolaram na semana passada na bela cidade de Foz do Iguaçu. 


O evento  talvez não tenha o mesmo apelo popular que o futebol e os jogos olímpicos, porém possui  o mesmo grau de importância, haja vista a forte identificação dos brasileiros com os esportes radicais, sobretudo com skate  que, segundo pesquisas do instituto Data Folha, é um dos esportes mais praticados do Brasil, com mais de 3,8 milhões de adeptos.



E, pelo o que foi visto nas disputas de skate dos X- Games em Foz do Iguaçu, esse crescimento e evolução do carrinho em nosso país tem se refletido nas competições. Além dos velhos nomes como Bob Burnquist e Sandro Dias “ Mineirinho”, que já são figuras carimbadas nos pódios de grandes campeonatos pelo mundo a fora, nós também pudemos ver  novos talentos brazucas aparecendo  entre os melhores. Atletas que já vêm se destacando dentro do cenário nacional e internacional, e que se esforçam para levar o skate brasileiro ao topo do mundo, como: a skatista Letícia Bufoni, que vem almejando um ouro no X- games já há um bom tempo; o também streetero Luan Oliveira, campeão do Tampa Pro deste ano na Florida; e o fenômeno dos bowls Pedro Barros, que ganhou praticamente  tudo que disputou nos últimos anos. 

As finais dos X-Games em Foz do Iguaçu, que rolaram  de 18 a 21 de abril, foi marcado pela perseverança de nossos atletas brasileiros, pela espetacular paisagem das cataratas, que serviu de cenário para as disputas, e pelo calor escaldante que fazia na cidade.




O primeiro ouro brasileiro veio com o rei da mega rampa Bob Burnquist, que faturou o primeiro lugar na competição de Big Air. Bob, cuja habilidade em andar de switch é reconhecida mundialmente, garantiu a bolacha de ouro com suas manobras de fakie e seu já conhecido, porém sempre surpreendente e gigantesco, Indy 360, superando até o inédito e tão buscado ollie 720 no gap de Jake Brown e o 540 heelflip de Edgar “Vovô”.   



No sábado, dia 20, o calor parecia ainda mais intenso, mas nada que atrapalhasse a performance dos skaters nas finais do vertical. Sandro Dias foi sensacional na disputa, mas não conseguiu superar Buck Lasek na soma dos pontos, os quais eram conquistados em três etapas: melhor manobra de borda no caixote colocado como extensão do half; melhor volta: e melhor manobra ou “Best trick”. 



Na primeira fase os skatistas mostraram ter muita base nas manobras de grind, principalmente Marcelo Bastos, Pierre Luc Gagnom e Andy Macdonald. Na segunda, Sandro Dias, o nosso mineirinho, como sempre representou, dividindo a atenção dos juízes apenas com Buck Lasek, que mandou manobras muito técnicas. Já na terceira, o brasileiro foi surpreendido pelo garoto de treze anos Tom Schaar, que conseguiu acertar um 900°. Mineirinho, após ver a incrível façanha  do moleque, se sentiu na obrigação de efetuar a manobras e, na sua segunda tentativa, mostrou que ainda consegue mandar o 900º como ninguém. Porém, mesmo com uma grande atuação, Sandro Dias ficou em segundo lugar, atrás do americano Buck Lasek, que levou o ouro para casa. Marcelo Bastos também conseguiu uma boa pontuação e  garantiu o bronze para o Brasil




No sábado também rolou as finais da Street League. E Dentre os melhores skatistas de street do mundo, estava o brasileiro Luan Oliveira, o qual vestiu literalmente a camisa do nosso país. Luan competiu usando uma camisa da seleção brasileira de futebol com o  número 13 nas costas, o que já nos dava um sinal do grau de insanidade do skatista. Luan foi sempre muito ousado em suas voltas e chegou a conseguir uma nota 9,5, mandando um nollie hard flip nouse slide big spin perfeito, mas, assim como a competição de vertical, a disputa da Street League  também foi decidido em várias etapas. E na soma de todas as fases, o 13 do Brasil conseguiu  ficar apenas em quarto lugar – o que não tirou, é claro, o brilho de suas apresentações. A medalha de ouro da Street League ficou com Nyjah Houston. Sean Malto ficou com prata e Torey Pudwill com o bronze.





Mas, se o ouro brasileiro não saiu no sábado, ele veio em dose dupla no domingo com Letícia Bufoni no street feminino, e Pedro Barros no park. Letícia, que já havia sido medalhista em outras edições do evento, conquistou o tão sonhado ouro em casa, em grande estilo, depois de uma ótima atuação. Já Pedro repetiu o ótimo desempenho que teve nas competições que participou nos últimos anos e confirmou mais uma vez porque é um dos melhores skatistas do mundo.



Classificação final dos atletas:


Big Air  (Mega rampa):
1. Bob Burnquist
2. Elliot Sloan
3. Jake Brown
4. Tom Schaar
5. Edgard Vovô
6. Rony Gomes
7. Nolan Munroe
8. Mitchie Brusco

STREET LEAGUE
1. Nyjah Houston
2. Sean Malto
3. Torey Pudwill
4. Luan de Oliveira
5. Chaz Ortiz
6. Shane O' Neill
7. Mikey Taylor
8. Tom Asta

VERTICAL
1. Bucky Lasek
2. Sandro Dias
3. Marcelo Bastos
4. Andy MacDonald
5. Danny Mayer
6. Tom Schaar
7. Pierre Luc Gagnon
8. Bob Burnquist

PARK
1. Pedro Barros
2. Rune Glifberg
3. Ben Hatchell
4. Andy MacDonald
5. Kevin Kowalski
6. Aaron Homoki

STREET FEMININO
1. Leticia Bufoni
2. Lacey Baker
3. Jéssica Florêncio
4. Marisa Del Santo
5. Eliana Sosco
6. Alexis Sablone


Fontes:
xgames.espn.go.com
cemporcentoskate.com.br

Imagens:
Google
Espn

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