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RESENHA:HITS E POSTURA MADURA DE MÚSICOS MARCAM APRESENTAÇÃO DO QUEENS OF STONE AGE NO ROCK IN RIO

O Queens of Stone Age foi uma das atrações do Rock in Rio de ontem, quinta-feira (24). Josh Homme e companhia foram os penúltimos músicos da noite a subir no Palco Mundo, do qual comandaram a grande massa presente com um setlist cheio de hits e com uma postura mais madura que mostra a nova fase do frontman Josh e sua banda.

Após quatorze anos, Josh Homme retornou ao Rock in Rio trazendo uma nova formação e uma postura mais madura. A nova fase do QOTSA veio à tona com o lançamento do último CD do grupo, Like Clockwork (2013), o qual chegou ao topo da parada de álbuns da Billboard, e partir daí esse amadurecimento passou a ser perceptível nas apresentações da banda, que deixou de lado um pouco o estilo junkie e inconsequente de antes, que muitas vezes causou polêmica: na edição de 2001 do festival carioca, Nick Oliveri, então baixista da banda na época, ficou completamente pelado durante boa parte do show. Nesta última edição, uma fã chamou a atenção das câmeras ao fazer um topless no meio da apresentação. Mas os músicos, pelo menos, permaneceram vestidos até o final, apesar do forte calor da Cidade Maravilhosa.  

A entrada do Queens of Stone Age no palco principal do evento fez jus à grandiosidade do evento. A iluminação baixa, aumentando gradativamente ao som de cada acorde, foi revelando aos poucos a presença dos integrantes no local. A primeira silhueta a ser identificada foi a do líder e fundador da banda, Josh Homme, sendo o suficiente para levantar a pessoas ao redor. Depois, a luz passou a mostrar os demais músicos do grupo: Troy Van Leeuwen (guitarra), Joey Castillo (bateria/ percussão), Michael Shuman (baixo) e Dean Fertita (teclado).

Deve-se ressaltar que a mudança de postura adotada pelo QOTSA não diminuiu em nada o peso de seu som. E isso foi comprovado na noite de ontem, com o grave potente do baixo e os ruídos fantasmagóricos das guitarras que saíam dos amplificadores nas primeiras músicas da apresentação: “Millionaire”, “No one knowns” e “My God is the Sun”. 

Enquanto não estava em frente ao pedestal lançando seus agudos tradicionais, Josh conduzia o acompanhamento do público através de gestos como um maestro. Dessa forma, a multidão conseguiu cantar junto os sucessos “Burn whitch” e “Sick, sick, sick”.

Na canção “Regular Jhon”, o peso das guitarras fez toda a diferença, principalmente pelo fato de Dean Fertita deixar o teclado por um tempo para assumir a posição de terceiro guitarrista. A barulheira só foi quebrada quando Josh passou a tocar “The Vampyre of Time and Memory” no piano, um dos poucos momentos calmos do show. Contudo, a calmaria acabou de vez em “ Litle Sister”, “Fairweather Friends” e “Go with Flow”, single que apresentou o QOTSA para o mundo nos anos 2000. 

A última música, “Song of the dead”, foi executada com a mesma explosão da abertura do show, elevando o ânimo dos músicos e do público, quando se acreditava que a energia de ambos já havia acabado. 

Mas foi a última vez que se ouviu as intensas viradas de bateria de Joey Castillo  e as palhetadas do frontman ruivo naquela noite.  No final da música de encerramento ficou somente o gostinho de pedir o bis, que acabou não acontecendo. Josh Homme então despediu-se da plateia, fechando mais uma apresentação no Rock in Rio e mais uma etapa na história da grande, e agora mais madura, banda Queens of Stone Age. 



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